Os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovaram, nessa quarta-feira (18), uma recomendação ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) para que idosos, especialmente acima de 80 anos, e pessoas com baixa imunidade recebam uma terceira dose da Coronavac para reforço da proteção.
A diretoria da Anvisa também rejeitou, hoje, o pedido do Instituto Butantan para a inclusão de crianças acima de 3 anos no público-alvo da vacinação com a Coronavac. A decisão acompanhou o parecer da área técnica do órgão.
O entendimento é de que ainda não há dados suficientes para justificar a vacinação desse público. Conforme antecipado pelo Valor, a área técnica da Anvisa ainda entende que a relação custo-benefício é desfavorável para o uso pediátrico.
“Pondero que, no contexto da variante delta que está circulando no Brasil, uma dose adicional da vacina contra a Covid-19 pode prevenir casos graves em idosos e pessoas com o sistema imunológico comprometido”, analisou a relatora do processo, Meiruze Freitas, responsável pela Segunda Diretoria da Anvisa.
Os pacientes “imunocomprometidos”, como citado por Meiruze, incluem por exemplo, pessoas com câncer, portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV), transplantados e outros com o sistema imune fragilizado, o que deixa o paciente mais suscetíveis a infecções.
A orientação não tem caráter obrigatório e aplicação imediata. A indicação da Anvisa é para que a recomendação seja avaliada pelo Ministério da Saúde e órgãos envolvidos no PNI. Nesta quarta, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, diz que o governo já estuda a aplicação da 3ª dose e que ela deve começar por idosos e profissionais de saúde.