Wesley Safadão, esposa e mais seis são indiciados por vacinação irregular
Celebridades
Publicado em 29/09/2021

O cantor cearense Wesley Safadão, a mulher dele, Thyane Dantas, e outras seis pessoas foram indiciadas, nesta sexta-feira (29), pela Polícia Civil do Ceará por irregularidades na vacinação contra a Covid-19. O inquérito foi enviado ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).

O casal e outras cinco pessoas deverão responder na Justiça estadual pelos crimes de peculato e infração de medida sanitária. Conforme a Polícia Civil, as penas somadas podem chegar a 13 anos de prisão. A produtora do cantor, Sabrina Tavares, foi indiciada apenas pelo crime de infração de medida sanitária.

Thyane Dantas furou a fila da vacina contra a Covid-19 em 8 de julho de 2021. Ela tinha 30 anos e, na época, o calendário municipal de vacinação previa aplicação em pessoas com 32 anos ou mais. Já Wesley Safadão e a produtora Sabrina Tavares estavam agendados para serem vacinados no mesmo dia no Centro de Eventos do Ceará, mas foram a outro posto de vacinação em um shopping. A investigação apurava se eles foram ao shopping como forma de escolher o tipo de vacina.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações indicaram que três servidores públicos da Secretaria da Saúde do Município (SMS) de Fortaleza “foram os responsáveis pelo sucesso da vacinação do trio”. Conforme as apurações, eles contaram o apoio e participação de outras duas pessoas, que não atuavam no governo municipal.

“Ficou caracterizado que a vacinação das três pessoas investigadas decorreu de um prévio ajuste entre elas, uma pessoa próxima ao cantor e uma outra pessoa, que por sua vez, possuía contato com os três servidores públicos, descartando a hipótese de coincidência despropositada e/ou falha, a título de culpa, das pessoas que trabalhavam no local”, escreveu a Polícia Civil em nota.

Segundo a Polícia Civil, os três servidores teriam agido “de maneira voluntária e deliberada, sem qualquer tipo de ciência, autorização ou conivência por parte da SMS de Fortaleza”. As investigações duraram dois meses, e foram ouvidas, ao todo, 19 pessoas.

Os agentes descartaram a existência de pagamento financeiro com provas obtidas nas apurações. Segundo os policiais, o favorecimento foi para “satisfação de interesses pessoais”.

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