Durante reunião do Gabinete de Crise e Combate à Covid-19 nesta segunda-feira (10), ficou definido que Campos vai passar da fase vermelha para a fase laranja do Plano de Retomada das Atividades Econômicas e Sociais. Com isso novas flexibilizações serão permitidas. As alterações serão publicadas ainda nesta segunda-feira e vão passar a vigorar a partir desta terça-feira (11).
A prefeitura informou que a decisão foi possível porque o município abriu novos leitos, já não tem mais ninguém na fila de espera, além disso, considera que a vacinação esteja avançada, o que protege mais pessoas de contraírem de forma mais grave a Covid-19. Durante a reunião o subsecretário de Atenção Básica e Vigilância Epidemiológica, Charbel Kury, apresentou dados que mostraram uma desaceleração no número de infectados no município. “A subida se deu em março e a descida em final de abril, início de maio. Demoramos menos tempo do que Manaus, que levou 3 meses, para chegar a essa redução. Isso significa que as medidas de mitigações foram eficazes, com uma vigilância sensível. E agora nós vamos voltando lentamente enquanto a vacinação é acelerada, segundo as doses que são recebidas e distribuídas”, disse.
O subsecretário de Saúde, Paulo Hirano, reiterou a importância da população se conscientizar sobre a importância das medidas de segurança não serem negligenciadas, apesar da flexibilização: “Nós diminuímos a sobrecarga do sistema de saúde, conseguimos oferecer melhor atendimento as pessoas. Neste momento temos fila zero de espera. Quando iniciamos a fase maior de restrições, tínhamos 60 pessoas na fila e hoje não temos nenhuma pessoa na fila. Isso reflete o trabalho bem feito do governo e a participação da sociedade. Quando falamos em flexibilização não podemos esquecer das medidas necessárias, como distanciamento interpessoal, manter o uso de máscaras. Agora é preciso flexibilização com conscientização da população, porque o vírus continua circulando, continua sendo perigoso e matando”, explicou.
O subsecretário de Atenção Básica falou sobre a presença da variante P1.2 em Campos, e do quanto a vigilância genômica, com quase 400 amostras coletadas, vai balizar o impacto dessa nova mutação entre os pacientes na cidade. “Agora, temos a variante da variante P1, que é um tipo de coronavírus descoberto em Manaus, que tinha duas mutações. A primeira mutação levava a maior transmissão, e a segunda a maior letalidade e por isso tantas mortes de jovens. A variante da P1 vai gerando vírus mais resistentes. Ainda não temos como saber o impacto ainda dele na região. Com a vigilância genômica vamos mapear esses casos, conhecer esses doentes e saber como esse vírus está se comportando”, concluiu.