Uma equipe do Programa Estadual de Transplantes (PET) realizou uma captação de órgãos na manhã desta sexta-feira (4), em Campos. A pandemia afetou a quantidade de captações de órgãos em todo o Brasil, trazendo uma queda de 20% no último ano, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Este ano é apenas a segunda vez que a capitação acontece no município.
O doador é um homem de 51 anos, que teve morte cerebral confirmada nesta quinta-feira (3), após sofrer um Acidente Vascular Encefálico (AVE) com rompimento de aneurisma. Ele estava internado no Hospital Ferreira Machado. A família autorizou a doação e foram retirados rins e fígado, órgãos que irão salvar quatro vidas. Após o trabalho de captação, a equipe seguiu para o Rio de Janeiro, onde será feito o primeiro transplante, que será o de fígado.
PET – Criado em 2010, o PET é um programa que realiza a captação e o transplante de coração, fígado, rim, pâncreas, pele, córnea e esclera (membrana que protege o globo ocular). Em 11 anos de atuação, o programa foi responsável pela renovação da vida de mais de 6500 pessoas por meio de transplantes de órgãos sólidos e recuperou a saúde de inúmeros pacientes com transplantes de ossos, ligamentos e pele. Entre janeiro e março de 2020, ocorreu o melhor primeiro trimestre da história do programa, com 254 transplantes de órgãos sólidos. A marca supera em quase 54% o mesmo período de 2019 e colocou o estado no terceiro lugar em número absoluto de doadores no ranking do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). No total, no ano passado, o PET realizou 698 transplantes, sendo 22 de coração; 270 de fígado; 383 de rins; além de um transplante simultâneo de coração e rim; 10 de rins e fígado; e 12 de rins e pâncreas.